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Simpósio que discute estratégias de saúde e migração na Tríplice Fronteira - Boas Novas Tabatinga 102,5 FM

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Simpósio que discute estratégias de saúde e migração na Tríplice Fronteira

Representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) e da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) participam do Simpósio de Saúde e Migração nas Fronteiras – Etapa Tabatinga e Benjamin Constant, promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em parceria com o Ministério da Saúde. O encontro começou na quarta-feira (29) e segue até sexta-feira (31), em Tabatinga, município localizado na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru.

Representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) e da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) participam do Simpósio de Saúde e Migração nas Fronteiras – Etapa Tabatinga e Benjamin Constant, promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em parceria com o Ministério da Saúde. O encontro começou na quarta-feira (29) e segue até sexta-feira (31), em Tabatinga, município localizado na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru.

O evento reúne gestores e técnicos do Sistema Único de Saúde (SUS) com o objetivo de avaliar e alinhar ações voltadas à atenção sanitária em regiões de fronteira, que enfrentam alta circulação de migrantes, impactos das mudanças climáticas e dificuldades estruturais para o atendimento em saúde.

De acordo com o consultor nacional da OPAS/OMS no Brasil, Marcus Vinícius Quito, o simpósio busca debater estratégias conjuntas e ampliar a cooperação entre os países amazônicos.

“A iniciativa busca fortalecer uma visão pan-americana de saúde, promovendo o intercâmbio entre gestores e profissionais e a construção de estratégias conjuntas para enfrentar os desafios de fazer saúde em territórios amazônicos e fronteiriços”, afirmou.

Durante os debates, representantes das secretarias de saúde estaduais e municipais destacaram a necessidade de respostas rápidas e coordenadas para atender populações vulneráveis, especialmente migrantes e comunidades indígenas.
A secretária executiva adjunta do Interior da SES-AM, Rita Almeida, destacou o papel da integração entre os diferentes níveis de governo:

“As regiões de fronteira exigem respostas oportunas, com planejamento e união de esforços. O trabalho conjunto entre Estado, municípios e parceiros internacionais é essencial para garantir um SUS fortalecido e capaz de acolher todos os que vivem ou transitam por essas áreas”, disse.

O encontro também contou com a participação de órgãos federais, como a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA/MS). O representante da pasta, João Roberto Cavalcante Sampaio, reforçou que as discussões locais devem servir de subsídio para políticas públicas direcionadas às populações migrantes e refugiadas.

“Nosso objetivo é levar as vivências locais para subsidiar as políticas do Ministério da Saúde, especialmente no cuidado às populações em situação de vulnerabilidade nas fronteiras”, afirmou.

A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, ressaltou que a presença do Amazonas no simpósio está relacionada à integração institucional e à troca de informações técnicas.

“Participar do simpósio é reafirmar o compromisso do Amazonas com estratégias contínuas e integradas voltadas para a saúde das populações em regiões de fronteira, promovendo o diálogo entre instituições e comunidades”, destacou.

As discussões também abordaram a situação das comunidades indígenas da região. A coordenadora do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Alto Rio Solimões, Maria Geralda Ozório, relatou que a estiagem extrema registrada neste ano agravou problemas de abastecimento e isolamento em diversas aldeias.

“O tema é urgente, pois, durante a última estiagem no Amazonas, muitas comunidades indígenas ficaram isoladas, enfrentando escassez de água e alimentos, em uma situação crítica de vulnerabilidade”, afirmou.

O secretário municipal de Saúde de Tabatinga, Janderson Felix, pontuou que o município enfrenta alta exposição a doenças e depende de cooperação para manter os serviços básicos.

“Tabatinga é uma cidade de encontro de povos e, por ser uma fronteira aberta, estamos expostos a diversas doenças. Isso torna nosso trabalho desafiador, mas, com o apoio dos parceiros, conseguimos fortalecer a atenção básica e a vigilância em saúde. Sozinhos, não conseguimos fazer nada”, declarou.

A programação do simpósio inclui simulados de fronteira, seminário sobre saúde na Tríplice Fronteira e oficina de participação social, com o objetivo de identificar gargalos operacionais e propor ações coordenadas entre gestores, técnicos e lideranças comunitárias da região.

Por Victoria Medeiros, da Redação

Foto: Maíra Pessoa/FVS-RCP

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